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Em Uversa, separamos todas as personalidades e as entidades do Criador Conjunto em três grandes divisões: as Personalidades Mais Elevadas do Espírito Infinito, as Hostes de Mensageiros do Espaço e os Espíritos Ministradores do Tempo, aqueles seres espirituais que se ocupam do ensino e da ministração às criaturas de vontade do esquema ascendente de progressão mortal.
Essas Personalidades Mais Elevadas do Espírito Infinito, mencionadas nestas narrativas, funcionam por todo o grande universo em sete divisões:
1. Mensageiros Solitários.
2. Supervisores dos Circuitos do Universo.
3. Diretores de Censo.
4. Auxiliares Pessoais do Espírito Infinito.
5. Inspetores Associados.
6. Sentinelas Designadas.
7. Guias dos Graduados.
Os Mensageiros Solitários, os Supervisores dos Circuitos, os Diretores de Censo e Auxiliares Pessoais são caracterizados por possuírem dons imensos de antigravidade. Os Mensageiros Solitários não têm uma sede central conhecida; eles circulam pelo universo dos universos. Os Supervisores dos Circuitos do Universo e os Diretores de Censo mantêm sua sede-central nas capitais dos superuniversos. Os Auxiliares Pessoais do Espírito Infinito ficam estacionados na Ilha Central de Luz. Os Inspetores Associados e as Sentinelas Designadas estão fixados, respectivamente, nas capitais dos universos locais e nas capitais dos seus sistemas componentes. Os Guias dos Graduados residem e funcionam no bilhão de mundos do universo de Havona. A maior parte dessas personalidades mais elevadas tem postos nos universos locais, mas elas não se encontram organicamente vinculadas às administrações dos reinos evolucionários.
Das sete classes que compõem esse grupo, apenas os Mensageiros Solitários e talvez os Auxiliares Pessoais percorrem o universo dos universos. Os Mensageiros Solitários são encontrados no Paraíso e afora: desde os circuitos de Havona, nas capitais dos superuniversos, e, daí para fora, nos diversos setores e nos universos locais, nas suas subdivisões e até mesmo nos mundos habitados. Embora os Mensageiros Solitários pertençam às Personalidades Mais Elevadas do Espírito Infinito, a sua origem, natureza e serviço foram abordados no documento precedente.
Pode parecer que as imensas correntes de poder do espaço e os circuitos da energia do espírito operem automaticamente; pode parecer que funcionem sem controles nem entraves, mas não é realmente assim. Todos esses sistemas estupendos de energia estão sob controle; estão sujeitos a uma supervisão inteligente. Os Supervisores dos Circuitos do Universo ocupam-se, não dos reinos da energia puramente física ou material – domínio dos Diretores do Poder no Universo –, mas dos circuitos da energia espiritual relativa e daqueles circuitos modificados que são essenciais à manutenção dos seres altamente desenvolvidos espiritualmente, tanto quanto dos tipos moronciais ou de transição de criaturas inteligentes. Os supervisores não dão origem a circuitos de energia e superessência de divindade, mas, em geral, eles têm a ver com os circuitos espirituais mais elevados do tempo e da eternidade e todos os circuitos espirituais relativos, envolvidos na administração das partes componentes do grande universo. Eles dirigem e manipulam todos esses circuitos de energia-espírito fora da Ilha do Paraíso.
Os Supervisores dos Circuitos do Universo são uma criação exclusiva do Espírito Infinito e funcionam somente como agentes do Agente Conjunto. Eles são personalizados para o serviço nas quatro ordens seguintes:
1. Supervisores Supremos dos Circuitos.
2. Supervisores Associados dos Circuitos.
3. Supervisores Secundários dos Circuitos.
4. Supervisores Terciários dos Circuitos.
Os supervisores supremos de Havona e os supervisores integrados dos sete superuniversos têm o seu número já completo; dessas ordens, nenhum mais está sendo criado. Os supervisores supremos são sete, em número, e estão estacionados nos mundos-pilotos dos sete circuitos de Havona. Os circuitos dos sete superuniversos estão a cargo de um grupo maravilhoso de sete supervisores associados, que mantêm sua sede central nas sete esferas do Espírito Infinito, no Paraíso sendo estas os mundos dos Sete Executivos Supremos. De lá eles supervisionam e dirigem os circuitos dos superuniversos do espaço.
Nessas esferas do Espírito, no Paraíso, os sete supervisores integrados dos circuitos e a primeira ordem dos Centros Supremos de Potência efetuam uma ligação que, sob a direção dos Executivos Supremos, resulta na coordenação subparadisíaca de todos os circuitos materiais e espirituais que vão até os sete superuniversos.
Os supervisores secundários dos universos locais do tempo e do espaço estão estacionados nos mundos-sedes de cada superuniverso. Os setores maior e menor são divisões administrativas dos supergovernos, mas não se ocupam com as questões da supervisão da energia-espírito. Não sei quantos supervisores secundários de circuitos existem no grande universo, mas em Uversa há 84 691 desses seres. Os supervisores secundários estão sendo constantemente criados; de tempos em tempos, eles surgem, em grupos de setenta, nos mundos dos Executivos Supremos. Nós podemos obtê-los por requisição quando vamos fazer o estabelecimento de circuitos separados de energia espiritual, e de poder de ligação, para os novos universos em evolução que se encontram sob a nossa jurisdição.
Um supervisor terciário de circuito funciona nos mundos-sedes de cada universo local. Essa ordem, bem como a dos supervisores secundários, está em contínua criação, sendo criada em grupos de setecentos. Eles são designados para os universos locais pelos Anciães dos Dias.
Os supervisores dos circuitos são criados para as suas tarefas específicas; e servem eternamente nos grupos do seu compromisso original. Eles não fazem rotações no serviço e por isso efetuam um estudo, durante toda uma idade, dos problemas existentes nos reinos do seu compromisso original. Por exemplo: o supervisor terciário de circuitos de número 572 842 tem funcionado em Salvington desde a concepção inicial do vosso universo local, e é um membro da assessoria pessoal de Michael de Nebadon.
Atuando, seja no universo local, seja em um universo mais elevado, os supervisores de circuitos dirigem todos os envolvidos nos circuitos adequados a serem empregados na transmissão de todas as mensagens espirituais e relativas ao trânsito de todas as personalidades. No seu trabalho de supervisão dos circuitos, esses eficientes seres utilizam todas as agências intermediárias, as forças e as personalidades no universo dos universos. Eles empregam as "altas personalidades espirituais de controle dos circuitos" não reveladas; e são competentemente assistidos por inúmeras equipes compostas de personalidades do Espírito Infinito. Eles é que isolariam um mundo evolucionário, caso o seu Príncipe Planetário se rebelasse contra o Pai Universal e o seu Filho vice-regente. Eles são capazes de retirar qualquer mundo de certos circuitos da ordem espiritual mais elevada do universo, mas eles não podem anular as correntes materiais dos diretores de potência.
Os Supervisores dos Circuitos do Universo têm, com os circuitos espirituais, algo como a relação que os Diretores do Poder no Universo têm com os circuitos materiais. As duas ordens são complementares, exercendo, juntas, toda a supervisão de todos os circuitos materiais e espirituais que são controláveis e manipuláveis pelas criaturas.
Os Supervisores dos Circuitos exercem certa supervisão sobre aqueles circuitos da mente que são associados ao espírito, assim como os diretores de potência têm uma certa jurisdição sobre aquelas fases da mente que são associadas à energia-física – a mente mecânica. Em geral, as funções de uma ordem expandem-se por ligação com a outra, mas os circuitos da mente pura não estão sujeitos à supervisão de nenhum deles. Nem são, as duas ordens, coordenadas. Em todos os seus múltiplos trabalhos, os Supervisores dos Circuitos do Universo ficam sujeitos aos Sete Diretores do Poder Supremo e aos seus subordinados.
Se bem que os supervisores dos circuitos sejam inteiramente iguais dentro das suas ordens respectivas, todos são também indivíduos distintos. Eles são verdadeiramente seres pessoais, mas possuem um tipo de personalidade outra-que-não-a-dotada-pelo-Pai, não encontrada em qualquer outro tipo de criatura em toda a existência universal.
Embora vós ireis reconhecê-los e saber deles à medida que evoluirdes no caminho interno do Paraíso, não tereis nenhuma relação pessoal com eles. Eles são os supervisores dos circuitos e ocupam-se estrita e eficientemente do seu assunto. Lidam somente com aquelas personalidades e entidades que têm a supervisão dessas atividades que concernem aos circuitos sujeitos à sua supervisão.
Se bem que a mente cósmica da Inteligência da Informação Universal seja conhecedora da presença e do paradeiro de todas as criaturas pensantes, há, em operação no universo dos universos, um método independente para se manter a contagem de todas as criaturas volitivas.
Os Diretores de Censo são uma criação especial já completa do Espírito Infinito, e existem em números desconhecidos para nós. Eles foram criados de modo a serem capazes de manter uma sincronia perfeita com a técnica de refletividade dos
superuniversos, enquanto, ao mesmo tempo, são pessoalmente sensíveis e responsivos à vontade inteligente. Esses diretores, por uma técnica não completamente entendida, tornam-se imediatamente sabedores do nascimento da vontade, em qualquer parte do grande universo. Eles sempre têm, pois, competência para nos fornecer o número, a natureza e o paradeiro de todas as criaturas de vontade, em qualquer parte da criação central e dos sete superuniversos. Mas eles não funcionam no Paraíso; não há necessidade deles ali. No Paraíso o conhecimento é inerente; as Deidades sabem de todas as coisas.
Sete Diretores de Censo operam em Havona, sendo que cada um fica estacionado em um mundo-piloto de cada circuito de Havona. Com exceção desses sete e das reservas da ordem nos mundos do Espírito no Paraíso, todos os Diretores de Censo funcionam sob a jurisdição dos Anciães dos Dias.
Um Diretor do Censo preside às sedes centrais de cada superuniverso e, sob o comando desse diretor-chefe, na capital de cada universo local, estão milhares e milhares de seres. Todas as personalidades dessa ordem são iguais, excetuando-se aquelas dos mundos-piloto de Havona e dos dirigentes dos sete superuniversos.
No sétimo superuniverso há cem mil Diretores de Censo. Esse número consiste inteiramente naqueles que são designáveis para os universos locais; e não inclui o corpo de assessoria de Usátia, comandante dos diretores de todo o superuniverso de Orvonton. Usátia, como os outros comandantes no superuniverso, não está preparado diretamente para sintonizar o registro da vontade inteligente. Ele está sintonizado unicamente com os seus subordinados estacionados nos universos de Orvonton; assim, ele atua como uma magnífica personalidade totalizadora dos informes deles, que vêm das capitais das criações locais.
De tempos em tempos os registradores de Uversa fazem o registro do status do superuniverso, tal como está indicado nos anais e na personalidade de Usátia. Esses dados do recenseamento são próprios dos superuniversos; esses informes não são transmitidos para Havona, nem para o Paraíso.
Os Diretores de Censo ocupam-se com os seres humanos – bem como com outras criaturas volitivas – apenas para registrar o fato da função da vontade. Eles não se preocupam com os registros da vossa vida, nem com os atos dela; eles não estão de modo algum fazendo os registros das personalidades. O Diretor do Censo de Nebadon, de número 81 412 de Orvonton, agora estacionado em Salvington, é, neste momento mesmo, pessoalmente sabedor da vossa presença aqui em Urântia; e ele permitirá a confirmação dos registros da vossa morte no momento em que cessardes de funcionar como criaturas volitivas.
Os Diretores de Censo registram a existência de uma nova criatura de vontade sempre que acontece o primeiro ato de vontade; eles indicam a morte de uma criatura de vontade quando acontece o seu último ato de vontade. O surgimento parcial da vontade, observado nas reações de alguns dos animais mais elevados, não pertence ao domínio dos Diretores de Censo. Eles não mantêm a conta de nada que não sejam as autênticas criaturas de vontade, e eles não são sensíveis a nada a não ser à função da vontade. Mas nós não sabemos exatamente como eles registram a função da vontade.
Esses seres têm sido sempre, e sempre serão, os Diretores de Censo. Eles seriam relativamente inúteis em qualquer outra divisão de trabalho do universo. Mas são infalíveis na própria função; nunca cometem erros nem falsificam nada. E, apesar dos seus poderes maravilhosos e prerrogativas inacreditáveis, eles são pessoas; eles têm presença espiritual e forma reconhecível.
Não temos conhecimento autêntico a respeito da época e do modo da criação dos Ajudantes Pessoais. O seu número deve ser o de uma legião, mas não está registrado em Uversa. Por uma dedução conservadora, baseada no nosso conhecimento do trabalho deles, aventuro-me a estimar que o seu número alcance até os trilhões. Sustentamos a opinião de que o Espírito Infinito não esteja limitado, quanto à quantidade numérica, para a criação desses Ajudantes Pessoais.
Os Ajudantes Pessoais do Espírito Infinito existem para assistir exclusivamente a presença paradisíaca da Terceira Pessoa da Deidade. Embora ligados diretamente ao Espírito Infinito e localizados no Paraíso, eles circulam por todos os lugares, até às extremidades da criação. Para onde quer que os circuitos do Criador Conjunto se estendam, ali, esses Ajudantes Pessoais podem aparecer com o propósito de executar as ordens do Espírito Infinito. Eles atravessam o espaço de um modo semelhante ao dos Mensageiros Solitários, mas não são pessoas no sentido que os mensageiros o são.
Os Ajudantes Pessoais são todos iguais e idênticos; não apresentam nenhuma diferenciação de individualidade. Embora o Agente Conjunto considere-os como verdadeiras personalidades, é difícil para os outros considerá-los pessoas reais; eles não manifestam uma presença espiritual para os outros seres espirituais. Os seres cuja origem é o Paraíso têm sempre consciência da proximidade desses Ajudantes; mas nós não reconhecemos a presença de personalidade neles. A falta dessa forma-presença, sem dúvida, torna-os a todos mais úteis à Terceira Pessoa da Deidade.
De todas as ordens reveladas de seres espirituais que têm origem no Espírito Infinito, os Ajudantes Pessoais são quase os únicos que vós não ireis encontrar na vossa ascensão interior ao Paraíso.
Os Sete Executivos Supremos, nas sete esferas do Espírito Infinito no Paraíso, funcionam coletivamente como a junta administrativa de superdirigentes dos sete superuniversos. Os Inspetores Associados são a corporificação pessoal da autoridade dos Executivos Supremos para os universos locais do tempo e do espaço. Esses altos observadores dos assuntos das criações locais são a progênie conjunta do Espírito Infinito e dos Sete Espíritos Mestres do Paraíso. Nos tempos próximos da eternidade setecentos mil deles foram personalizados, e os seus corpos de reservas habitam o Paraíso.
Os Inspetores Associados trabalham sob a supervisão direta dos Sete Executivos Supremos; são os seus representantes pessoais e têm os devidos poderes nos universos locais do tempo e do espaço. Um inspetor permanece designado para a esfera-sede central de cada criação local e está estreitamente associado ao União dos Dias residente.
Os Inspetores Associados recebem informes e recomendações somente dos seus subordinados, as Sentinelas Designadas, estacionados nas capitais dos sistemas locais de mundos habitados, e fazem relatórios apenas ao seu superior imediato, o Executivo Supremo do superuniverso envolvido.
As Sentinelas Designadas são personalidades coordenadoras e representantes de ligação dos Sete Executivos Supremos. Elas foram personalizadas no Paraíso pelo
Espírito Infinito e criadas com os propósitos específicos das suas designações. Elas têm um número estacionário: existem exatamente sete bilhões delas.
Do mesmo modo que um Inspetor Associado representa os Sete Executivos Supremos para todo um universo local, há em cada um dos dez mil sistemas dessa criação local, assim, uma Sentinela Designada, que atua como a representante direta da bem distante e suprema junta de supercontrole dos assuntos de todos os sete superuniversos. As sentinelas em serviço nos governos do sistema local de Orvonton estão atuando sob a autoridade direta do Executivo Supremo Número Sete, o coordenador do sétimo superuniverso. Mas, na sua organização administrativa, todas as sentinelas a serviço em um universo local estão subordinadas ao Inspetor Associado, estacionado na sede central do universo.
Dentro de uma criação local as Sentinelas Designadas servem em rodízio, sendo transferidas de sistema para sistema. Elas são mudadas, em geral, a cada milênio do tempo do universo local. Estão entre as mais elevadas classes de personalidades estacionadas em uma capital de sistema, mas nunca participam das deliberações que concernem aos assuntos dos sistemas. Nos sistemas locais elas servem como dirigentes ex-officio dos vinte e quatro administradores que provêm dos mundos evolucionários, mas fora disso os mortais ascendentes têm pouco contato com elas. As sentinelas ocupam-se quase exclusivamente em manter o Inspetor Associado do seu universo plenamente informado sobre tudo o que importa em relação ao bem-estar e ao estado geral dos sistemas da sua designação.
As Sentinelas Designadas e os Inspetores Associados não se reportam aos Executivos Supremos por meio da sede central de um superuniverso. Eles são responsáveis apenas perante o Executivo Supremo do superuniverso envolvido; as suas atividades são distintas da administração dos Anciães dos Dias.
Os Executivos Supremos, os Inspetores Associados e as Sentinelas Designadas, junto com os omniafins e uma hoste de personalidades não reveladas, constituem um sistema eficaz, direto, centralizado e muito vasto, de coordenação consultiva e administrativa de todo o grande universo de coisas e de seres.
Os Guias dos Graduados, como grupo, patrocinam e conduzem a universidade de altos estudos de instrução técnica e de educação espiritual, que é tão essencial para que os mortais alcancem a meta das idades: Deus, o repouso e, em seguida, a eternidade do serviço perfeccionado. Esses seres altamente pessoais recebem o seu nome pela natureza e propósito do serviço que prestam. Eles devotam-se exclusivamente às tarefas de guiar os mortais graduados, vindos dos superuniversos do tempo, durante o seu percurso de educação e de aperfeiçoamento, em Havona, que serve no preparo dos peregrinos ascendentes para serem admitidos no Paraíso e no Corpo de Finalidade.
Não me é proibido arcar com a responsabilidade de contar-vos sobre o trabalho desses Guias dos Graduados, mas é uma tarefa tão ultra-espiritual que perco a esperança de ser capaz de retratar adequadamente à mente material um conceito que abranja as atividades múltiplas deles. Nos mundos das mansões, depois que o alcance da vossa visão estiver ampliado e depois que estiverdes livres das correntes das comparações materiais, vós podereis começar a compreender o significado daquelas realidades que o “olho não pode ver, nem o ouvido escutar, e que nunca fizeram parte dos conceitos das mentes humanas”, até mesmo aquelas coisas que “Deus preparou para aqueles que amam tais verdades eternas”. Vós não tereis para sempre um alcance tão limitado de visão, nem de compreensão espiritual.
Os Guias dos Graduados ocupam-se em pilotar os peregrinos do tempo pelos sete circuitos dos mundos de Havona. O guia que te saudar, na tua chegada ao mundo de recepção do circuito externo de Havona, permanecerá contigo durante toda a tua carreira nos circuitos celestes. Embora tu vás associar-te com um número incontável de outras personalidades durante a tua permanência neste bilhão de mundos, o teu Guia dos Graduados seguirá contigo até o fim da tua progressão em Havona e testemunhará a tua entrada no sono terminal do tempo, o sono do trânsito da eternidade para a meta no Paraíso, onde, ao acordares, serás saudado pelo Companheiro do Paraíso designado para dar-te as boas-vindas e, talvez, para permanecer contigo até que te inicies como membro do Corpo Mortal de Finalidade.
O número de Guias dos Graduados está acima do poder que a mente humana tem de captar, e eles continuam a aparecer. A sua origem é algo misteriosa. Eles não têm existido desde a eternidade; misteriosamente, eles aparecem à medida que se fazem necessários. Não há registro de um Guia dos Graduados em todos os reinos do universo central, até aquele dia bem longínquo em que o primeiro peregrino mortal de todos os tempos percorreu o seu caminho até o cinturão externo da criação central. No instante em que ele chegou ao mundo-piloto do circuito externo, ele deparou com a recepção amigável de Malvorian, o primeiro dos Guias dos Graduados e que agora é o dirigente do conselho supremo deles e o diretor da vasta organização educacional mantida por eles.
Nos registros do Paraíso, sobre Havona, na seção denominada “Guias dos Graduados”, aparece este registro inicial:
“E Malvorian, o primeiro desta ordem, acolheu e instruiu o peregrino descobridor de Havona e conduziu-o dos circuitos exteriores de experiência inicial, passo a passo e circuito por circuito, até que ele chegasse à presença mesma da Fonte e Destino de todas personalidades, atravessando depois o umbral da eternidade até o Paraíso.”
Naquela época longínqua, eu estava ligado ao serviço dos Anciães dos Dias em Uversa, e todos nós nos rejubilamos, na certeza de que, finalmente, os peregrinos do nosso superuniverso alcançariam Havona. Durante idades, a nós nos tinha sido ensinado que as criaturas evolucionárias do espaço alcançariam o Paraíso, e a emoção de todos os tempos percorreu as cortes celestes quando o primeiro peregrino, de fato, chegou.
O nome desse peregrino descobridor de Havona é Grandfanda, e ele veio do planeta 341 do sistema 84 da constelação 62 do universo local 1 131 situado no superuniverso de número um. A sua chegada foi o sinal do estabelecimento do serviço de teletransmissão do universo dos universos. Até então, apenas as transmissões dos superuniversos e dos universos locais haviam estado em operação, mas o anúncio da chegada de Grandfanda, nos portais de Havona, assinalou a inauguração dos “informes espaciais da glória”, assim denominados porque a transmissão inicial universal informava a chegada a Havona do primeiro ser evolucionário a conseguir a entrada na meta da existência ascendente.
Os Guias dos Graduados nunca deixam os mundos de Havona; eles dedicam-se ao serviço dos peregrinos graduados do tempo e do espaço. E vós ireis, em algum tempo, encontrar esses seres nobres face a face, se não rejeitardes o plano certo e todo-perfeccionado que está destinado a efetivar a vossa sobrevivência e ascensão.
Embora a evolução não seja a norma do universo central, acreditamos que os Guias dos Graduados sejam os membros perfeccionados ou mais experientes de uma outra
ordem de criaturas do universo central, a dos Servidores de Havona. Os Guias dos Graduados dão prova de uma simpatia tão ampla e de uma capacidade tal para compreender as criaturas ascendentes, que nós estamos convencidos de que eles adquiriram essa cultura servindo efetivamente nos reinos dos superuniversos, como os Servidores de Havona de ministração universal. Se esse ponto de vista não estivesse correto, como então poderíamos explicar o desaparecimento contínuo dos servidores mais antigos ou mais experientes?
Um servidor que fique ausente longamente de Havona, em um compromisso no superuniverso, tendo estado anteriormente em muitas dessas missões, ao retornar à sua casa, ser-lhe-á concedido o privilégio de “contato pessoal” com o Brilho Central do Paraíso, será abraçado pelas Pessoas Luminosas, e desaparecerá do reconhecimento dos seus companheiros espirituais, para nunca mais reaparecer entre os da sua espécie.
Ao retornar do serviço no superuniverso, um Servidor de Havona pode desfrutar de inúmeros abraços divinos e deles emergir simplesmente como um servidor enaltecido. Experienciar o abraço luminoso não significa necessariamente que o servidor deva transformar-se em um Guia dos Graduados, mas quase um quarto daqueles que alcançam o abraço divino nunca retorna para o serviço dos reinos.
Nos arquivos superiores, aparece uma sucessão de registros como este:
“E o servidor de número 842 842 682 846 782 de Havona, de nome Sudna, veio do serviço do superuniverso, foi recebido no Paraíso, conheceu o Pai, entrou no abraço divino, e não mais existe.”
Quando uma anotação como essa aparece nos registros, a carreira desse servidor está encerrada. Mas, depois de apenas três momentos (um pouco menos do que três dias do vosso tempo), um Guia de Graduados recém-nascido “espontaneamente” aparece no circuito exterior do universo de Havona. E o número de Guias de Graduados, com pouquíssima diferença, sem dúvida, devido àqueles em transição, iguala-se exatamente ao número dos servidores desaparecidos.
Há uma razão adicional para supor que os Guias dos Graduados sejam os Servidores de Havona evoluídos, e essa é a tendência infalível que esses guias e os seus colaboradores servidores têm para formar relacionamentos tão extraordinários. A maneira pela qual os seres dessas ordens supostamente separadas de seres compreendem e simpatizam uns com os outros é totalmente inexplicável. É reconfortante e inspirador presenciar a sua devoção mútua.
Os Sete Espíritos Mestres e os Sete Diretores Supremos do Poder coligados são, respectivamente, os depositários pessoais do potencial da mente e do potencial de poder do Ser Supremo, pois este ainda não os opera pessoalmente. E quando esses coligados do Paraíso colaboram para criar os Servidores de Havona, estes últimos ficam inerentemente envolvidos em certas fases da Supremacia. Os Servidores de Havona são, pois, assim, um reflexo, no universo central perfeito, de certas potencialidades evolucionárias dos domínios do espaço-tempo, e tudo isso é revelado quando um servidor passa pela transformação da sua recriação. Acreditamos que essa transformação aconteça em resposta à vontade do Espírito Infinito, sem dúvida agindo em nome do Supremo. Os Guias dos Graduados não são criados pelo Ser Supremo, mas todos nós conjecturamos que a Deidade experiencial, de algum modo, está relacionada com as transações que trazem esses seres à existência.
A Havona que agora é atravessada pelos mortais ascendentes difere, sob muitos aspectos, do universo central tal como era antes dos tempos de Grandfanda. A chegada dos ascendentes mortais, aos circuitos de Havona, inaugurou modificações radicais
na organização da criação divina central, modificações sem dúvida iniciadas pelo Ser Supremo – o Deus das criaturas evolucionárias –, em resposta à chegada dos seus primeiros filhos experienciais dos sete superuniversos. O aparecimento dos Guias dos Graduados, junto com a criação dos supernafins terciários, é indicativo dessas atuações de Deus, o Supremo.
[Apresentado por um Conselheiro Divino de Uversa.]