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Desde o início da vida, em um planeta evolucionário, até a época do seu florescimento final, na era da luz e vida no cenário da ação do mundo aparecem pelo menos sete épocas de vida humana. Essas sucessivas épocas são determinadas pelas missões planetárias dos Filhos divinos e, em um mundo habitado comum, tais eras surgema na seguinte ordem:
1. Homem antes do Príncipe Planetário.
2. Homem pós-Príncipe Planetário.
3. Homem pós-Adâmico.
4. Homem pós-Filho Magisterial.
5. Homem pós-Filho Auto-outorgado.
6. Homem pós-Filho Instrutor.
7. A Era da Luz e Vida.
Os mundos do espaço, tão logo se tornam fisicamente adequados para a vida, são colocados no registro dos Portadores da Vida e, no tempo devido, esses Filhos são despachados para tais planetas com o propósito de iniciar a vida. Todo o período, desde a iniciação da vida até o aparecimento do homem, é denominado como era pré-humana e precede as épocas mortais sucessivas consideradas nesta narrativa.
Desde a época do surgimento do homem, vindo do nível animal – quando ele pode escolher adorar o Criador –, até a chegada do Príncipe Planetário, as criaturas mortais de vontade são chamadas de homens primitivos. Há seis tipos básicos, ou raças, de homens primitivos, e esses povos iniciais aparecem sucessivamente na ordem das cores do espectro, começando pelo vermelho. A duração desse período de evolução da vida primitiva varia muito nos diversos mundos, indo desde cento e cinqüenta mil anos até mais de um milhão de anos do tempo de Urântia.
As raças evolucionárias de cores – a vermelha, a laranja, a amarela, a verde, a azul e a índigo – começam a aparecer por volta da época em que o homem primitivo está desenvolvendo uma linguagem simples e está começando a exercitar a imaginação criativa. Nessa época, o homem já se acha bem acostumado a permanecer ereto.
Os homens primitivos são caçadores poderosos e lutadores ferrenhos. A lei dessa idade é a da sobrevivência física do mais apto; o governo dessas épocas é inteiramente tribal. Durante as lutas raciais iniciais, em muitos mundos, algumas das raças evolucionárias são eliminadas, como ocorreu em Urântia. Aquelas que sobrevivem, usualmente, misturam-se com a raça violeta importada posteriormente, a dos povos Adâmicos.
À luz da civilização subseqüente, essa era do homem primitivo é um capítulo longo, escuro e sangrento. A ética da selva e a moral das florestas
primitivas não estão em harmonia com os padrões das dispensações posteriores, da religião revelada e de um desenvolvimento espiritual mais elevado. Em mundos normais e não-experimentais essa época é bastante diferente das lutas prolongadas e extraordinariamente brutais que caracterizaram essa idade em Urântia. Quando tiverdes emergido da vossa primeira experiência em um mundo, começareis a perceber por que essa longa e dolorosa luta ocorre nos mundos evolucionários, e, à medida que prosseguirdes a caminho do Paraíso, compreendereis cada vez mais a sabedoria desses feitos aparentemente estranhos. Mas, apesar de todas as vicissitudes das idades primitivas, do surgimento do homem, as atuações do homem primitivo representam um capítulo esplêndido, e mesmo heróico, nos anais de um mundo evolucionário do tempo e do espaço.
O homem evolucionário, nos seus primórdios, não é uma criatura pitoresca. Em geral, esses mortais primitivos habitam em cavernas ou falésias. E também constroem cabanas rudes, em árvores amplas. Antes de adquirirem uma ordem elevada de inteligência, algumas vezes, os planetas são invadidos por tipos maiores de animais. Mas, muito cedo nessa era, os mortais aprendem a acender e a manter o fogo e, com imaginação inventiva crescente e com o aperfeiçoamento dos utensílios, o homem em evolução logo vence os animais maiores e menos ágeis. As raças primitivas também fazem um uso extenso dos animais voadores maiores. Esses pássaros enormes são capazes de carregar um ou dois homens, de tamanho médio, em um vôo ininterrupto de mais de oitocentos quilômetros. Em alguns planetas, esses pássaros são de grande serventia, pois possuem uma ordem de inteligência bem elevada, sendo freqüentemente capazes de falar muitas palavras das línguas do reino. Esses pássaros são muito inteligentes, obedientes e incrivelmente afetuosos. E tais pássaros de transporte estão extintos, há muito, em Urântia, mas os vossos ancestrais primevos desfrutaram dos serviços deles.
O momento em que o homem adquire o juízo ético, a vontade moral, coincide normalmente com o surgimento da linguagem primitiva. Ao alcançar o nível humano, depois dessa emergência da vontade do mortal, esses seres tornam-se receptivos à residência temporária dos Ajustadores divinos e, quando da morte, muitos são devidamente escolhidos como sobreviventes e marcados com um selo, pelos arcanjos, para a subseqüente ressurreição e a fusão com o Espírito. Os arcanjos sempre acompanham os Príncipes Planetários e um juízo dispensacional do reino acontece, simultaneamente, com a chegada do Príncipe.
Todos os mortais resididos por Ajustadores do Pensamento são adoradores em potencial; foram “iluminados pela luz verdadeira” e possuem a capacidade de buscar contato recíproco com a divindade. Contudo, a religião primeva ou biológica do homem primitivo é mais uma persistência do medo animal combinado ao espanto ignorante e à superstição tribal. A sobrevivência da superstição, nas raças de Urântia, não é complementar ao vosso desenvolvimento evolucionário, nem é compatível com as vossas realizações esplêndidas, por tantos outros motivos, de progresso material. Mas essa religião primeva do medo serve ao propósito bastante útil de dominar os temperamentos ferozes dessas criaturas primitivas. Ela é precursora da civilização e constitui o solo para o subseqüente plantio das sementes da religião revelada pelo Príncipe Planetário e pelos seus ministros.
Cem mil anos depois que o homem adquire a postura ereta, o Príncipe Planetário normalmente chega, tendo sido despachado pelo Soberano do Sistema, depois de um informe dos Portadores da Vida de que a vontade está atuando, ainda que poucos indivíduos, relativamente, tenham-se desenvolvido nesse sentido. Os mortais primitivos normalmente acolhem bem o Príncipe Planetário e a sua assessoria visível; de fato é com admiração e reverência, quase com adoração, se não forem refreados, que os homens os vêem.
Com a chegada do Príncipe Planetário uma nova dispensação começa. O governo aparece na Terra e uma época tribal avançada é alcançada. Durante uns poucos milênios, sob esse regime, um grande progresso social é realizado. Em condições normais, os mortais atingem um alto estado de civilização durante essa idade. Não lutam por tanto tempo na barbárie, como o fizeram as raças de Urântia. Mas a vida em um mundo habitado é tão modificada pela rebelião que vós não podeis ter senão uma pálida idéia desse regime em um planeta normal.
A duração média dessa dispensação é de cerca de quinhentos mil anos, algumas sendo mais longas e outras, mais curtas. Durante essa era, o planeta estabelece-se nos circuitos do sistema e uma quota plena de ajudantes seráficos e de outros assistentes celestes é designada para a sua administração. Os Ajustadores do Pensamento vêm em números cada vez maiores, e os guardiães seráficos amplificam o seu regime de supervisão dos mortais.
Quando da chegada do Príncipe Planetário em um mundo primitivo, prevalecia uma religião evolucionária, de medo e de ignorância. O Príncipe e o seu corpo de assessores fazem as primeiras revelações sobre a verdade mais elevada e sobre a organização do universo. Essas apresentações iniciais da religião revelada são muito simples e, normalmente, pertinentes aos assuntos do sistema local. A religião é um processo totalmente evolucionário, antes da chegada do Príncipe Planetário. Subseqüentemente, a religião progride por meio da revelação gradativa, bem como pelo crescimento evolucionário. Cada dispensação, cada época mortal, recebe uma apresentação ampliada da verdade espiritual e da ética religiosa. A evolução da capacidade religiosa de receptividade, entre os habitantes de um mundo determina em grande parte o grau do seu avanço espiritual e a extensão da revelação religiosa.
Essa dispensação testemunha um alvorecer espiritual e as diferentes raças e as suas várias tribos tendem a desenvolver sistemas especializados de pensamento religioso e filosófico. Uniformemente, duas forças fazem-se presentes em todas essas religiões das raças: os primeiros temores do homem primitivo e as primeiras revelações do Príncipe Planetário. Sob alguns pontos de vista os urantianos parecem não haver saído ainda inteiramente desse estágio da evolução planetária. À medida que prosseguirdes neste estudo, ireis discernir, mais claramente, quanto o vosso mundo está desviado do curso do progresso evolucionário e do seu desenvolvimento.
O Príncipe Planetário, contudo, não é “o Príncipe da Paz”. As lutas raciais, as guerras tribais, continuam essa dispensação adentro, mas com uma freqüência e uma severidade decrescentes. Essa é a grande idade da dispersão racial e culmina em um período de nacionalismo intenso. A cor é a base dos agrupamentos tribais e nacionais e, muitas vezes, as diferentes raças desenvolvem idiomas distintos. Cada grupo de mortais em expansão tende a buscar o isolamento. Essa segregação é favorecida pela existência de muitas línguas. Antes da unificação das várias raças, as suas guerras incansáveis, algumas vezes, resultam na eliminação de povos inteiros; a raça de homens alaranjados e a de homens verdes estão particularmente sujeitas a tal extinção.
Em mundos dentro da normalidade, durante uma parte adiantada do governo do Príncipe, a vida nacional começa a substituir a organização tribal ou, antes, a sobrepor-se à dos grupos tribais existentes. Mas a grande realização da época do Príncipe é o surgimento da vida da família. Até então, as relações humanas haviam sido tribais, sobretudo, agora o lar começa a se materializar.
Essa é a dispensação da realização da igualdade dos sexos. Em alguns planetas, o masculino pode governar o feminino; em outros, prevalece o inverso. Durante essa idade,
nos mundos normais, é estabelecida uma igualdade plena entre os sexos, e isso vem como uma preliminar para a realização mais plena dos ideais da vida doméstica do lar. E esse é o alvorecer da idade dourada do lar. A idéia do governo tribal, gradualmente, dá lugar ao conceito dual da vida nacional e da vida familiar.
Durante essa idade surge a agricultura. O desenvolvimento da idéia de família é incompatível com a vida errante e instável do caçador. Gradualmente, o hábito de habitações fixas e de cultivo do solo tornam-se estabelecidos. A domesticação dos animais e o desenvolvimento de artesanatos do lar têm um rápido crescimento. Ao atingir o ápice da evolução biológica, um alto nível de civilização terá sido alcançado, mas há pouco desenvolvimento de ordem mecânica; a invenção é característica da idade seguinte.
As raças são purificadas e elevadas a um alto estado de perfeição física e de vigor intelectual, antes do fim dessa era. O desenvolvimento inicial de um mundo normal é muito ajudado pelo plano de promover um aumento no número dos tipos mais elevados de mortais, com um decréscimo proporcional dos inferiores. E foi o fracasso dos vossos povos iniciais em discernir entre esses tipos que acarretou a presença de tantos indivíduos defeituosos e degenerados entre as raças atuais de Urântia.
Uma das grandes realizações da idade do Príncipe é a restrição da multiplicação dos indivíduos mentalmente deficientes e socialmente mal adaptados. Muito antes dos tempos da chegada dos Adãos, os segundos Filhos, a maior parte dos mundos dedica-se seriamente à tarefa de purificação da raça, algo que os povos de Urântia ainda nem sequer tentaram fazer a sério.
Esse problema do aperfeiçoamento racial não é uma tarefa tão prolongada, se enfrentada nessa época inicial da evolução humana. O período precedente, de lutas tribais e de severa competição de sobrevivência racial, eliminou a maior parte das linhagens anormais e deficientes. Um idiota não tem muita chance de sobrevivência em uma organização social tribal primitiva e em guerra. É um sentimentalismo falso das vossas civilizações, parcialmente perfeccionadas, o de fomentar, proteger e perpetuar as linhagens irremediavelmente defeituosas das raças evolucionárias humanas.
Não é ternura nem altruísmo oferecer uma compaixão fútil a seres humanos degenerados, mortais anormais sem salvação e inferiores. Mesmo nos mais normais dos mundos evolucionários, existem diferenças suficientes entre os indivíduos e entre os inúmeros grupos sociais; diferenças que permitem o pleno exercício de todos esses traços nobres de sentimento altruísta e não-egoísta de ministração mortal, sem perpetuar as linhagens desajustadas sociais e moralmente degeneradas da humanidade evolucionária. Há oportunidades abundantes para o exercício da tolerância e a função do altruísmo em defesa dos indivíduos desafortunados e necessitados que, irremediavelmente, não tenham perdido a sua herança moral, nem destruído para sempre,o seu patrimônio espiritual vindo do berço.
Quando o ímpeto original da vida evolucionária tiver decorrido o seu curso biológico, quando o homem houver alcançado o ápice do desenvolvimento animal, a segunda ordem de filiação chegará e uma segunda dispensação de graça e de ministrações será inaugurada. Isso é verdadeiro para todos os mundos evolucionários. Quando o nível mais alto possível de vida evolucionária houver sido atingido, quando o homem primitivo houver ascendido tão alto quanto possível na escala biológica, um Filho e uma Filha Materiais sempre surgem no planeta, tendo sido despachados pelo Soberano do Sistema.
Os Ajustadores do Pensamento são outorgados de modo crescente aos homens pós-Adâmicos e, em números cada vez maiores, esses mortais alcançam a capacidade para uma posterior fusão com o Ajustador. Enquanto funcionam como Filhos descendentes, os Adãos não possuem Ajustadores; mas a sua progênie planetária – tanto a direta, quanto a miscigenada – é de candidatos legítimos à recepção, na época devida, dos Monitores Misteriosos. Quando termina a idade pós-Adâmica, o planeta está de posse da sua quota plena de ministradores celestes; mas a outorga dos Ajustadores de fusão ainda não se tornou universal.
O propósito principal do regime Adâmico é o de influenciar o homem em evolução, levando-o a completar a transição de um estágio da civilização, de caçadores e de pastores, para aquele de agricultores e horticultores, com o fito de, mais tarde, ser suplementado pelo advento dos acessórios urbanos e industriais da civilização. Dez mil anos dessa dispensação dos elevadores biológicos são o suficiente para concretizar uma transformação maravilhosa. Vinte e cinco mil anos dessa administração da sabedoria do Príncipe Planetário, em conjunto com a dos Filhos Materiais, em geral, amadurecem a esfera para o advento de um Filho Magisterial.
Essa idade, via de regra, testemunha a eliminação completa dos mal adaptados e uma purificação ainda maior das linhagens raciais; nos mundos normais, as tendências bestiais defeituosas são quase totalmente eliminadas das linhagens reprodutoras do reino.
Os Filhos Adâmicos nunca se miscigenam com as linhagens inferiores das raças evolucionárias. Nem é do plano divino, para os Adãos e Evas Planetários, que eles se reproduzam, pessoalmente, com os povos evolucionários. Esse projeto de aperfeiçoamento da raça é uma tarefa para a progênie deles. Mas a descendência do Filho e da Filha Materiais mobiliza-se isoladamente por gerações, antes de ser inaugurado o ministério da miscigenação racial.
O resultado da dádiva do plasma da vida Adâmica às raças mortais é uma elevação imediata da capacidade intelectual e uma aceleração do progresso espiritual. Em geral, há um aperfeiçoamento físico também. Num mundo normal, a dispensação pós-Adâmica é uma idade de grande inventividade, de controle da energia e de desenvolvimento mecânico. Essa é a era do surgimento da manufatura multiforme e do controle das forças naturais; é a idade dourada da exploração e da subjugação final do planeta. Grande parte do progresso material de um mundo ocorre durante esse período de inauguração do desenvolvimento das ciências físicas, exatamente uma época como a que Urântia está agora experimentando. Considerando o curso normal para os planetas, o vosso mundo está atrasado de uma dispensação inteira e mais.
Ao fim da dispensação Adâmica, em um planeta normal, as raças estão já praticamente mescladas, e de um modo tal que pode ser verdadeiramente proclamado que “Deus fez todas as nações de um só sangue”, e o seu Filho “fez todos os povos de uma só cor”. A cor dessa raça miscigenada é algo como um matiz olivado, com uma nuança do violeta, sendo assim o “branco” racial das esferas.
O homem primitivo é carnívoro, na sua grande maioria; os Filhos e as Filhas Materiais, no entanto, não comem carne; mas a sua descendência, dentro de poucas gerações, em geral, precipita-se para o nível onívoro, se bem que grupos inteiros de descendentes deles, algumas vezes, continuam não comendo carne. A origem dupla das raças pós-Adâmicas explica como essas linhagens humanas miscigenadas trazem vestígios anatômicos que pertencem tanto aos grupos animais carnívoros quanto aos herbívoros.
Após dez mil anos de miscigenação racial, as linhagens resultantes apresentam graus variados de mistura anatômica, algumas das linhagens trazendo mais das características
dos ancestrais não-carnívoros, outras apresentando mais os traços específicos e as características físicas dos seus progenitores evolucionários carnívoros. A maioria dessas raças dos mundos logo se torna onívora, e subsiste alimentando-se de uma ampla gama de alimentos, tanto do reino animal quanto do reino vegetal.
A época pós-Adâmica é a da dispensação do internacionalismo. Estando próximo de completar a tarefa de miscigenação das raças, o nacionalismo desaparece e a irmandade entre os homens realmente começa a se materializar. O governo representativo começa a tomar o lugar da monarquia e de outras formas paternalistas de governo. O sistema educacional torna-se mundial e, gradualmente, as línguas das raças dão lugar à língua do povo violeta. A paz universal e a cooperação raramente são alcançadas antes que as raças estejam bem miscigenadas, e antes que elas falem uma mesma língua.
Durante os séculos finais da era pós-Adâmica é despertado um novo interesse pela arte, pela música e pela literatura, e esse despertar mundial é o sinal para o aparecimento de um Filho Magisterial. O desenvolvimento coroador dessa era é o interesse universal pelas realidades intelectuais, a verdadeira filosofia. A religião torna-se menos nacionalista, torna-se mais e mais um assunto planetário. Novas revelações da verdade caracterizam essas idades, e os Altíssimos das constelações começam a governar nos assuntos dos homens. A verdade é revelada até o nível da administração das constelações.
Um grande avanço ético caracteriza essa era; a irmandade dos homens é a meta da sua sociedade. A paz, de âmbito mundial – a cessação dos conflitos das raças e da animosidade nacional –, é indicadora da maturidade planetária para o advento da terceira ordem de filiação, a do Filho Magisterial.
Nos planetas normais e leais, essa idade inaugura-se com as raças mortais já miscigenadas e biologicamente adaptadas. Não há problemas de raça nem de cor; todas as nações e raças, literalmente, têm um só sangue. A irmandade dos homens floresce, e as nações estão aprendendo a viver em paz e tranqüilidade na Terra. Tal mundo está às vésperas de um desenvolvimento intelectual grande e culminante.
Quando um mundo evolucionário torna-se maduro, assim, para a idade magisterial, um dos Filhos da ordem elevada dos Avonais faz a sua aparição em uma missão magisterial. O Príncipe Planetário e os Filhos Materiais têm a sua origem no universo local; o Filho Magisterial provém do Paraíso.
Quando os Avonais do Paraíso vêm às esferas mortais, para atos judiciais, apenas como julgadores dispensacionais, eles nunca se encarnam. Contudo, quando vêm em missões magisteriais, pelo menos na missão inicial, eles sempre se encarnam, embora não experimentem o nascimento, nem passem pela morte do reino. Eles podem viver durante gerações, nos casos em que permanecem como governantes em certos planetas. Quando as suas missões são concluídas, eles abandonam as suas vidas planetárias e retornam ao seu status anterior de filiação divina.
Cada nova dispensação amplia o horizonte da religião revelada, e os Filhos Magisteriais estendem a revelação da verdade para retratar os assuntos do universo local e de todos os seus tributários.
Depois da visitação inicial de um Filho Magisterial, as raças logo efetivam a sua liberação econômica. O trabalho diário exigido para sustentar a independência de cada indivíduo seria representado por duas horas e meia do vosso tempo. E perfeitamente
seguro é liberar tais mortais éticos e inteligentes. Esses povos refinados sabem, muito bem, como utilizar o lazer para o auto-aperfeiçoamento e para o progresso planetário. Essa idade testemunha outra purificação das linhagens raciais, por meio da restrição da reprodução entre os indivíduos menos aptos e menos dotados.
O governo político e a administração social das raças continuam a aperfeiçoar-se, estando o autogoverno bastante bem estabelecido ao final dessa idade. Quando dizemos autogoverno, referimo-nos ao tipo mais elevado de governo representativo. Tais mundos avançam e honram, entre os líderes e governantes, apenas os que estão mais bem qualificados para assumir as responsabilidades sociais e políticas.
Durante essa época, a maioria dos mortais do mundo é residida por Ajustadores. Mas mesmo assim, a outorga do Monitor divino não é sempre universal. Os Ajustadores com destino de fusão por enquanto não são concedidos a todos os mortais do planeta; ainda é necessário que as criaturas de vontade escolham receber os Monitores Misteriosos.
Durante as idades de fechamento dessa dispensação, a sociedade começa a retornar às formas mais simplificadas de vida. A natureza complexa de uma civilização em avanço segue o seu curso, e os mortais estão aprendendo a viver mais natural e efetivamente. E tal tendência cresce a cada época sucessiva. Essa é a idade do florescimento da arte, da música e do aprendizado mais elevado. As ciências físicas já alcançaram o seu ápice de desenvolvimento. O término dessa idade, em um mundo ideal, testemunha a plenitude de um amplo despertar religioso, de um esclarecimento espiritual de âmbito mundial. E esse despertar amplo, da natureza espiritual das raças, é o sinal da chegada do Filho de auto-outorga e da inauguração da quinta época mortal.
Em muitos mundos, acontece que, depois de uma única missão magisterial, o planeta não se torna capacitado para receber um Filho auto-out9orgado; nesse caso, haverá um segundo ou, até mesmo, uma sucessão de Filhos Magisteriais; e cada um deles irá avançar as raças, de uma dispensação para outra, até que o planeta fique pronto para a dádiva do Filho auto-outorgado. Na segunda missão, e nas subseqüentes, os Filhos Magisteriais podem ou não se encarnar. Todavia, não importa quantos Filhos Magisteriais possam aparecer – e eles podem vir, também, depois do Filho de auto-outorga – o advento de cada um deles demarca o fim de uma dispensação e o começo de uma outra.
Essas dispensações dos Filhos Magisteriais abrangem algo dentro de vinte e cinco a cinqüenta mil anos do tempo de Urântia. Algumas vezes uma tal época é muito mais curta, ou bem mais longa em casos mais raros. No devido tempo, entretanto, um desses mesmos Filhos Magisteriais nascerá como um Filho auto-outorgado do Paraíso.
Quando um certo padrão de desenvolvimento intelectual e espiritual é alcançado por um mundo habitado, sempre vem um Filho de auto-outorga do Paraíso. Nos mundos normais ele não aparece na carne até que as raças hajam ascendido até níveis mais elevados de desenvolvimento intelectual e de qualidade ética. Em Urântia, contudo, o Filho de auto-outorga, o próprio Filho Criador vosso, apareceu ao final da dispensação Adâmica, mas não é essa a seqüência comum dos acontecimentos nos mundos do espaço.
Quando os mundos houverem amadurecido para a espiritualização, o Filho auto-outorgado vem. Esses Filhos sempre pertencem à ordem Magisterial ou à Avonal, excetuando-se aquele caso em que, uma vez, em cada universo local, o Filho Criador prepara-se para a sua auto-outorga terminal, em algum mundo evolucionário, como ocorreu quando Michael de
Nebadon apareceu em Urântia, para se auto-outorgar junto às vossas raças mortais. Apenas um mundo, dentre quase dez milhões, pode gozar de uma tal dádiva; todos os outros mundos avançam espiritualmente com a auto-outorga de um Filho do Paraíso, da ordem Avonal.
O Filho auto-outorgado ao chegar, em um mundo de alta cultura educacional, encontra uma raça espiritualmente educada e preparada para assimilar os ensinamentos avançados e dar o valor devido à missão de auto-outorga. Essa é uma idade caracterizada pela busca mundial da cultura moral e da verdade espiritual. A paixão dos mortais nessa dispensação é penetrar na realidade cósmica e comungar com a realidade espiritual. As revelações da verdade são ampliadas para incluir o superuniverso. Surgem sistemas de educação e de governo inteiramente novos, para suplantar os regimes imaturos das épocas anteriores. A alegria de viver ganha novas cores, e as reações da vida são exaltadas, no tom e no timbre, até as alturas celestes.
O Filho auto-outorgado vive e morre pela elevação espiritual das raças mortais de um mundo. Ele estabelece o “caminho novo e vivo”; a sua vida é uma encarnação da verdade do Paraíso na carne mortal, é aquela mesma verdade – o próprio Espírito da Verdade – dentro de cujo conhecimento os homens tornar-se-ão livres.
Em Urântia, o estabelecimento deste “caminho vivo e novo” foi uma questão de fato, bem como de verdade. O isolamento de Urântia, na rebelião de Lúcifer, havia suspendido o procedimento pelo qual os mortais podem passar, com a morte, diretamente às margens dos mundos das mansões. Antes dos dias de Cristo Michael, em Urântia, todas as almas dormiam até as ressurreições dispensacionais ou até as ressurreições milenares especiais. Mesmo a Moisés não foi permitido ir para o outro lado, até a ocasião da ressurreição especial; e foi Caligástia, o Príncipe Planetário caído, quem se opôs a essa liberação. Mas desde o dia de Pentecostes, de novo os mortais de Urântia podem prosseguir diretamente para as esferas moronciais.
Quando da ressurreição de um Filho auto-outorgado, ao terceiro dia, depois de terminar a sua vida encarnada, ele ascende à mão direita do Pai Universal, recebe a confirmação da aceitação da missão de auto-outorga, e retorna para o Filho Criador na sede central do universo local. Após isso, o Filho Avonal auto-outorgado e o Criador Michael enviam o espírito conjunto deles, o Espírito da Verdade, ao mundo da auto-outorga. Essa é a ocasião em que o “espírito do Filho triunfante é efundido sobre toda a carne”. O Espírito Materno do Universo também participa dessa efusão do Espírito da Verdade e, concomitantemente, há a proclamação da ordem para a outorga dos Ajustadores do Pensamento. A partir de então toda criatura volitiva de mente normal, daquele mundo, receberá o Ajustador tão logo atinja a idade da responsabilidade moral, da escolha espiritual.
Se esse Avonal auto-outorgado devesse retornar a um mundo, depois da missão de auto-outorga, ele não se encarnaria, mas viria “na glória, com as hostes seráficas”.
A idade pós-Filho auto-outorgado pode estender-se de dez mil a cem mil anos. Não há um limite de tempo arbitrado para qualquer dessas eras dispensacionais. Estas são épocas de grande progresso ético e espiritual. Sob a influência espiritual dessas idades, o caráter humano passa por transformações tremendas e experimenta um desenvolvimento fenomenal. Torna-se possível colocar a regra dourada em aplicação na prática. Os ensinamentos de Jesus são realmente aplicáveis a um mundo mortal que teve o aperfeiçoamento preliminar dos Filhos de pré-outorga, com as suas dispensações de enobrecimento de caráter e de ampliação da cultura.
Durante essa era, os problemas das doenças e da delinqüência são virtualmente resolvidos. A degenerescência já foi amplamente eliminada pela reprodução seletiva. A doença já foi praticamente dominada por meio das altas qualidades de resistência das
linhagens Adâmicas e pela aplicação inteligente e em âmbito mundial das descobertas das ciências físicas, nas idades precedentes. A longevidade média durante esse período,sobe até bem acima do equivalente a trezentos anos do tempo de Urântia.
Durante essa época, há uma redução gradual da supervisão governamental. O verdadeiro autogoverno está começando a funcionar; as leis restritivas fazem-se cada vez menos necessárias. As ramificações militares da resistência nacional estão acabando; a era da harmonia internacional está realmente chegando. Há muitas nações, a maioria determinada por distribuição de terras, mas há apenas uma raça, uma língua e uma religião. Os assuntos dos mortais alcançaram um ponto quase utópico, mas não completamente ainda. Essa é verdadeiramente uma idade grande e gloriosa!
O Filho auto-outorgado é o Príncipe da Paz. Ele chega com a mensagem de “Paz na Terra e boa vontade entre os homens”. Nos mundos normais, essa é uma dispensação de paz mundial; as nações não mais se dedicam à guerra. Essas influências salutares, contudo, não acompanharam a vinda do vosso Filho auto-outorgado, Cristo Michael. Urântia não está avançando na seqüência normal. O vosso mundo está fora de passo, na procissão planetária. O vosso Mestre, quando na Terra, preveniu aos seus discípulos: o advento dele não traria o reino normal de paz, em Urântia. Ele disse-lhes claramente que haveria “guerras e rumores de guerras”, e que nação se levantaria contra nação. Numa outra ocasião, ele disse: “Não pensai que eu vim para trazer paz à Terra”.
Mesmo em mundos evolucionários normais, a realização da irmandade mundial dos homens não é uma realização fácil. Num planeta confuso e desordenado, como Urântia, uma realização como essa necessita de um tempo muito mais longo e requer um esforço muito maior. Uma evolução social sem ajuda exterior dificilmente pode alcançar resultados felizes, em uma esfera espiritualmente isolada. A revelação religiosa é essencial à realização da irmandade em Urântia. Ainda que Jesus tenha mostrado o caminho para a edificação imediata da irmandade espiritual, a efetivação da irmandade social no vosso mundo depende muito da realização de transformações pessoais e de ajustamentos planetários, como a seguir:
1. A fraternidade social. A multiplicação dos contatos sociais e das associações fraternais internacionais e inter-raciais por meio de viagens, do comércio e de jogos competitivos. O desenvolvimento de uma linguagem comum e a multiplicação de multilíngües. O intercâmbio racial e nacional de estudantes, professores, industriais e filósofos religiosos.
2. A fertilização intelectual cruzada. A irmandade é impossível em um mundo cujos habitantes são tão primitivos que não conseguem reconhecer a loucura do egoísmo não mitigado. Deve ocorrer uma troca entre as literaturas nacionais e raciais. Cada raça deve tornar-se conhecedora do pensamento de todas as outras raças; cada nação deve conhecer os sentimentos de todas as nações. A ignorância gera a suspeita, e a suspeita é incompatível com a atitude essencial de compaixão e de amor.
3. O despertar ético. Apenas a consciência ética pode desmascarar a imoralidade da intolerância humana e o pecado das lutas fratricidas. Apenas uma consciência moral pode condenar os males da inveja nacional e do ciúme racial. Apenas seres morais buscarão o discernimento espiritual que é essencial à vivência da regra de ouro.
4. A sabedoria política. A maturidade emocional é essencial ao autocontrole. Apenas a maturidade emocional assegurará a substituição da arbitrariedade bárbara que é a guerra, pelas técnicas internacionais do julgamento civilizado. Estadistas sábios irão, algum dia, trabalhar para o bem-estar da humanidade, mesmo enquanto ainda lutam para promover o interesse dos seus grupos nacionais ou raciais. A sagacidade política egoísta, em última análise, é suicida – é destruidora de todas aquelas qualidades duradouras que asseguram a sobrevivência grupal no planeta.
5. O discernimento espiritual. A irmandade dos homens é, afinal, baseada no reconhecimento da paternidade de Deus. O modo mais rápido de se alcançar a irmandade dos homens em Urântia é efetuar a transformação espiritual da humanidade nos dias presentes. A única técnica para acelerar a tendência natural de evolução social é a de aplicar a pressão espiritual vinda de cima, elevando, assim, o discernimento moral e, ao mesmo tempo, aumentando a capacidade da alma de cada mortal de compreender e amar a todos os outros mortais. O entendimento mútuo e o amor fraterno são civilizadores transcendentes e fatores poderosos na realização mundial da irmandade dos homens.
Se vós pudésseis ser transplantados do vosso mundo atrasado e confuso até algum planeta normal que estivesse em uma idade posterior à vinda de um Filho auto-outorgado, vós pensaríeis ter sido transladados até os céus das vossas tradições. Dificilmente acreditaríeis que estaríeis observando os trabalhos evolucionários normais de uma esfera mortal de morada humana. Esses mundos estão ligados aos circuitos espirituais do reino deles, e desfrutam de todas as vantagens das transmissões do universo e dos serviços da refletividade do superuniverso.
Os Filhos da ordem que em seguida visitarão um mundo evolucionário normal são os Filhos Instrutores da Trindade, Filhos divinos da Trindade do Paraíso. E, novamente, encontramos Urântia fora de passo em relação às suas esferas irmãs, se considerarmos que o vosso Jesus prometeu voltar. E essa promessa certamente ele irá cumprir, mas ninguém sabe se a sua segunda vinda precederá ou virá depois dos aparecimentos dos Filhos Magisteriais ou dos Filhos Instrutores em Urântia.
Os Filhos Instrutores vêm, em grupos, para os mundos em espiritualização. Um Filho Instrutor planetário é ajudado e apoiado por setenta Filhos primários, doze Filhos secundários, e três da mais elevada e mais experimentada ordem suprema dos Diainais. Esse conjunto permanecerá por algum tempo no mundo, o tempo suficiente para efetivar a transição das idades evolucionárias para a era de luz e vida – não menos do que mil anos do tempo do planeta e, muito freqüentemente, um tempo consideravelmente maior. Essa missão é uma contribuição da Trindade para com os esforços anteriores de todas as personalidades divinas que ministraram a um mundo habitado.
A revelação da verdade agora inclui o universo central e o Paraíso. As raças estão-se tornando altamente espiritualizadas. Um grande povo evoluiu e uma grande era aproxima-se. Os sistemas educacionais, econômicos e administrativos do planeta estão atravessando transformações radicais. Novas relações e novos valores estão sendo estabelecidos. O Reino dos céus está aparecendo no planeta, e a glória de Deus está sendo vertida sobre o mundo.
Esta é uma dispensação durante a qual muitos mortais são transladados de entre os vivos. Enquanto a era dos Filhos Instrutores da Trindade progride, a lealdade espiritual dos mortais do tempo torna-se mais e mais universal. A morte natural torna-se
menos freqüente, à medida que os Ajustadores crescentemente se fundem com os seus resididos durante o tempo de vida na carne. O planeta finalmente classifica-se como sendo da ordem primária modificada de ascensão mortal.
A vida durante essa era é agradável e proveitosa. A degenerescência e os produtos finais anti-sociais da longa luta evolucionária foram virtualmente eliminados. A duração da vida aproxima-se de quinhentos dos anos de Urântia, e a taxa de reprodução e de crescimento da raça fica inteligentemente sob controle. Uma ordem inteiramente nova de sociedade surgiu. Há ainda grandes diferenças entre os mortais, mas o estado da sociedade aproxima-se, com mais nitidez, dos ideais da irmandade social e da igualdade espiritual. O governo representativo vai desaparecendo, e o mundo está passando pela regra do autocontrole individual. A função do governo é principalmente dirigida para as tarefas coletivas de administração social e de coordenação econômica. A idade de ouro avança rapidamente; a meta temporal da longa e intensa luta evolucionária do planeta está visível. A recompensa das idades está para ser logo alcançada; a sabedoria dos Deuses está para ser manifestada.
A administração física de um mundo durante essa idade requer uma hora, todos os dias, da parte de cada indivíduo adulto; isto é, o equivalente a uma hora de Urântia. O planeta está em contato estreito com os assuntos do universo, e o seu povo busca ver as últimas transmissões, possuído do mesmo interesse aguçado que agora manifestais pelas últimas edições dos vossos jornais diários. Essas raças estão preocupadas com mil coisas interessantes, desconhecidas para o vosso mundo.
Cada vez mais, aumenta a lealdade planetária verdadeira ao Ser Supremo. Geração após geração, mais e mais, a raça alinha-se com aqueles que praticam a justiça e vivem a misericórdia. Vagarosamente, mas com segurança, o mundo está sendo conquistado para o serviço jubiloso dos Filhos de Deus. As dificuldades físicas e os problemas materiais foram amplamente resolvidos; o planeta está amadurecendo para a vida avançada e para uma existência mais estável.
De tempos em tempos, durante a sua dispensação, os Filhos Instrutores continuam a vir para esses mundos pacíficos. Eles não abandonam um mundo, até observar que o plano evolucionário, no que concerne àquele planeta, esteja operando com tranqüilidade. Um Filho Magisterial de julgamento, usualmente, acompanha os Filhos Instrutores nas suas sucessivas missões, enquanto um outro Filho, como ele, funciona, ao tempo da partida deles, e essas ações judiciais continuam, de idade em idade, ao longo da duração do regime mortal do tempo e do espaço.
Cada missão repetida dos Filhos Instrutores da Trindade exalta, sucessivamente, tal mundo superno até as alturas sempre ascendentes de sabedoria, de espiritualidade e de iluminação cósmica. Contudo os nobres nativos dessa esfera são ainda finitos e mortais. Nada é perfeito; no entanto, uma qualidade próxima da perfeição está evoluindo na operação de um mundo imperfeito e nas vidas dos seus habitantes humanos.
Os Filhos Instrutores da Trindade podem retornar muitas vezes ao mesmo mundo. Porém, mais cedo ou mais tarde, ao terminar uma das suas missões, o Príncipe Planetário é elevado à posição de Soberano Planetário, e o Soberano do Sistema aparece para proclamar a entrada daquele mundo na era de luz e vida.
Foi sobre a conclusão da missão terminal dos Filhos Instrutores (ao menos esta seria a cronologia, em um mundo normal) que João escreveu: “Eu vi um novo céu e uma nova Terra e a nova Jerusalém, vinda de Deus, saída dos céus, preparada como uma princesa adornada para o príncipe”.
Essa é a mesma Terra renovada, o estágio planetário avançado, que o velho profeta visualizou quando escreveu: “‘Pois, como os novos céus e a nova Terra, que eu criarei, permanecerão diante de mim, assim também sobrevivereis vós e os vossos filhos; e acontecerá que, de uma nova lua para a outra, e de um sábado para o outro, toda a carne virá a adorar-me’, disse o Senhor”.
Os mortais dessa idade são descritos como “uma geração escolhida, um sacerdócio real, uma nação sagrada, um povo excelso; e vós louvareis Aquele que vos chamou, das trevas, para essa luz maravilhosa”.
Não importa qual possa ser a história natural especial de um planeta específico, nenhuma diferença faz se um reino tenha sido realmente leal, se foi manchado pelo mal, ou amaldiçoado pelo pecado – não importa os antecedentes que possa ter tido –, mais cedo ou mais tarde, a graça de Deus e a ministração dos anjos farão chegar o dia do advento dos Filhos Instrutores da Trindade; e a sua partida, que se segue à sua missão final, irá inaugurar essa era magnífica de luz e vida.
Todos os mundos de Satânia podem juntar-se na esperança daquele que escreveu: “Nós, contudo, de acordo com a Sua promessa, almejamos um novo céu e uma nova Terra, onde reside a retidão. Assim pois, bem-amados, vendo que vós ansiais por tais coisas, sede diligentes para que possais ser encontrados por Ele em paz, sem máculas nem culpas”.
A partida do corpo de Filhos Instrutores, ao fim do seu primeiro reinado ou de algum reinado subseqüente, anuncia a aurora da era de luz e vida – que é o umbral da transição, no tempo, para o vestíbulo da eternidade. A realização planetária dessa era de luz e vida ultrapassa, de longe, as esperanças as mais preciosas dos mortais de Urântia; ultrapassa a todos os conceitos, mesmo os mais visionários, da vida futura, abraçados nas crenças religiosas que descrevem os céus como o destino imediato e final de morada dos mortais sobreviventes.
[Auspiciado por um Mensageiro Poderoso, ligado temporariamente à assessoria de Gabriel.]