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Os Mensageiros Solitários são o corpo pessoal e universal do Criador Conjunto; são a primeira e mais experiente ordem das Personalidades mais Altas do Espírito Infinito. Representam a ação criadora inicial do Espírito Infinito, atuando solitariamente, com o propósito de trazer à existência espíritos personalizados solitários. Nem o Pai, nem o Filho participaram diretamente d essa prodigiosa espiritualização.
Esses espíritos-mensageiros foram personalizados em um único episódio criador, e o seu número é estacionário. Embora eu tenha um desses extraordinários seres ligados a mim, nesta presente missão, não sei quantas dessas personalidades existem no universo dos universos. Apenas sei, de quando em quando, quantos estão inscritos nos nossos registros como funcionando, em um certo momento, na jurisdição do nosso superuniverso. Segundo o último informe de Uversa, observei que havia quase 7 690 trilhões de Mensageiros Solitários operando, então, dentro das fronteiras de Orvonton; e eu conjecturo que isso seja consideravelmente menos do que um sétimo do seu número total.
Imediatamente após a criação dos Sete Espíritos dos Circuitos de Havona, o Espírito Infinito trouxe à existência o vasto corpo dos Mensageiros Solitários. Não há nenhuma parte da criação universal que seja preexistente aos Mensageiros Solitários, exceto o Paraíso e os circuitos de Havona. Eles têm funcionado por todo o grande universo durante quase toda a eternidade. São fundamentais à técnica divina do Espírito Infinito, para a sua auto-revelação às criações imensas do tempo e do espaço e para o seu contato pessoal com elas.
Embora esses Mensageiros existam desde os tempos remotos da eternidade, todos eles são cônscios de um começo da sua individualidade. São conscientes do tempo e são as primeiras criações do Espírito Infinito a possuírem essa consciência do tempo. São as criaturas primogênitas do Espírito Infinito, as primeiras a terem sido personalizadas no tempo e espiritualizadas no espaço.
Esses espíritos solitários surgiram no alvorecer dos tempos, como seres espirituais plenamente desenvolvidos e perfeitamente dotados. São todos iguais; e, assim, não há classes nem divisões baseadas em variantes pessoais. A classificação deles é fundada inteiramente no tipo de trabalho para o qual são designados, de tempos em tempos.
Os mortais começam como seres quase completamente materiais, nos mundos do espaço; e ascendem, interiormente, na direção dos Grandes Centros; ao passo que esses espíritos solitários começam a partir do centro de todas as coisas e aspiram a ser designados para as criações longínquas, para os mundos individuais dos universos locais mais externos e até mesmo mais além.
Embora denominados Mensageiros Solitários, eles não são espíritos solitários, apenas gostam verdadeiramente de trabalhar sozinhos. Eles são os únicos seres, em toda a criação, que podem
apreciar, e apreciam muito, uma existência solitária, embora gostem igualmente de relacionar-se com as poucas ordens de inteligência do universo com as quais eles podem confraternizar.
Os Mensageiros Solitários não estão isolados no seu serviço; estão constantemente em contato com as riquezas do intelecto de toda a criação, pois eles são capazes de "fazer escuta" em todas as transmissões dos reinos da sua permanência. Eles podem também se intercomunicar com os membros do seu próprio grupo imediato, aqueles seres que estão fazendo o mesmo gênero de trabalho, no mesmo superuniverso. Eles poderiam comunicar-se com os outros da sua numeração, mas receberam ordens, do conselho dos Sete Espíritos Mestres, de não o fazer e, como são um grupo leal, não desobedecem nem falham. Não há registro de que um Mensageiro Solitário haja, sequer uma vez, tropeçado e caído na escuridão.
Os Mensageiros Solitários, como os Diretores do Poder do Universo, estão entre os poucos tipos de seres que operam em todos os reinos e que estão isentos de apreensão e de detenção pelos tribunais do espaço e do tempo. Eles não poderiam ser chamados para comparecer diante de ninguém, a não ser dos Sete Espíritos Mestres; mas, em todos os anais do universo-mestre, não consta que esse conselho do Paraíso jamais tenha sido convocado para julgar sequer um caso de um Mensageiro Solitário.
Esses mensageiros de missões solitárias são um grupo de seres criados, derivados da Terceira Fonte e Centro; e cada um deles é confiável, autônomo, versátil, profundamente espiritual e amplamente compassivo. Eles atuam com a autoridade do Espírito Infinito, residente na Ilha Central do Paraíso, e das suas personalizações nas esferas-sedes dos universos locais. Eles compartilham constantemente o circuito direto que emana do Espírito Infinito, até mesmo quando funcionam nas criações locais, sob a influência imediata dos Espíritos Maternos dos universos locais.
Há uma razão técnica pela qual os Mensageiros Solitários devem viajar e trabalhar sozinhos. Por períodos curtos, e quando em postos fixos, eles podem colaborar incorporados em um grupo, mas, quando assim reunidos, eles são totalmente cortados da sustentação e da direção do seu circuito no Paraíso, e ficam inteiramente isolados. Quando se encontram em trânsito, ou quando operam nos circuitos do espaço e nas correntes do tempo, se dois ou mais dos dessa ordem estiverem em estreito contato, ambos, ou todos, são lançados fora da ligação de contato com as forças mais elevadas que circulam. Eles ficam como que em “curto-circuito”, para usar a vossa linguagem de símbolos ilustrativos. Eles, pois, têm inerentes ao seu interior, um poder automático de alarme, um sinal de advertência que opera infalivelmente, para preveni-los de conflitos que possam advir, e que atua sempre e sem falta mantendo-os separados o suficiente, para que nada interfira no funcionamento próprio e eficaz de cada um. Eles também possuem poderes, inerentes e automáticos, de detectar e indicar a proximidade tanto dos Espíritos Inspirados da Trindade, quanto dos Ajustadores do Pensamento divinos.
Esses mensageiros não possuem nenhum poder de extensão de personalidade, nem de reprodução, mas não há praticamente nenhum trabalho, nos universos, no qual eles não se possam engajar, e para o qual eles não possam contribuir com algo de essencial e de ajuda. Em especial, eles fazem grandes economias de tempo para os administradores dos assuntos do universo; e eles nos assistem a todos nós, do mais elevado ao mais baixo.
Os Mensageiros Solitários não são designados para servir permanentemente a quaisquer personalidades celestes individuais ou a grupos de personalidades celestes. Eles atuam sempre em missões definidas; e, durante
o seu serviço, trabalham sob a supervisão imediata daqueles que dirigem os reinos das suas missões. Entre eles próprios, não há nem organização, nem governo de qualquer espécie; eles são Mensageiros Solitários.
Os Mensageiros Solitários são designados pelo Espírito Infinito para as sete especificações de serviços que se seguem:
1. Mensageiros da Trindade do Paraíso.
2. Mensageiros dos Circuitos de Havona.
3. Mensageiros dos Superuniversos.
4. Mensageiros dos Universos Locais.
5. Exploradores em Missões Não Dirigidas.
6. Embaixadores e Emissários de Missões Especiais.
7. Reveladores da Verdade.
Esses mensageiros espirituais, em todos os sentidos, podem ser trocados de um tipo de serviço para outro; tais transferências estão acontecendo constantemente. Não existem ordens separadas de Mensageiros Solitários; eles são semelhantes espiritualmente e iguais em todos os sentidos. Ainda que sejam designados, geralmente, pela sua numeração, eles são conhecidos, pelo Espírito Infinito, por seus nomes pessoais. Eles são conhecidos de todos nós pelo nome ou número designativo da sua missão atual.
1. Mensageiros da Trindade do Paraíso. Não me é permitido revelar muito sobre o trabalho do grupo de mensageiros designado para a Trindade. Eles são os servidores secretos e de confiança das Deidades; e quando lhes foram confiadas mensagens especiais, envolvendo as diretrizes não reveladas e a conduta futura dos Deuses, nunca se soube que eles houvessem divulgado um segredo ou traído a confiança depositada na sua ordem. E tudo isso é mencionado aqui, não para vangloriar-nos da sua perfeição, mas antes para que destaquemos que as Deidades podem criar, e criam, seres perfeitos.
A confusão e os distúrbios em Urântia não significam que os Governantes do Paraíso não tenham interesse ou capacidade para encaminhar as coisas de um modo diferente. Os Criadores têm plenas condições de fazer de Urântia um verdadeiro Paraíso; um Éden assim, entretanto, não contribuiria para o desenvolvimento de caráteres firmes, nobres e experimentados, que os Deuses, muito certamente, estão forjando no vosso mundo, entre as bigornas da necessidade e os martelos da angústia. As vossas ansiedades e penas, provações e desapontamentos são tanto uma parte do plano divino para a vossa esfera quanto o são a perfeição aprimorada e a adaptação infinita de todas coisas para o seu supremo propósito nos mundos do universo central e perfeito.
2. Mensageiros dos Circuitos de Havona. Em toda a carreira ascendente, vós sereis, vaga, mas crescentemente, capazes de detectar a presença dos Mensageiros Solitários; entretanto, até alcançardes Havona, vós não os reconhecereis sem algum equívoco. Os primeiros desses mensageiros com os quais estareis face a face serão aqueles dos circuitos de Havona.
Os Mensageiros Solitários gozam de relações especiais com os nativos dos mundos de Havona. Esses mensageiros, que têm a sua operacionalidade dificultada quando associados uns aos outros, podem ter, e têm, uma comunhão muito estreita e pessoal com os nativos de Havona. Mas é totalmente impossível comunicar às mentes humanas a satisfação suprema que advém do contato das mentes desses seres divinamente perfeitos com os espíritos daquelas personalidades quase transcendentes.
3. Mensageiros dos Superuniversos. Os Anciães dos Dias, personalidades com origem na Trindade que presidem aos destinos dos sete superuniversos, aqueles trios de poder divino e de sabedoria administrativa, são supridos abundantemente de Mensageiros Solitários. É apenas por intermédio dessa ordem de mensageiros que os governantes trinos de um superuniverso podem comunicar-se, direta e pessoalmente, com os governantes de um outro. Os Mensageiros Solitários são o único tipo disponível de inteligência espiritual – exceto, possivelmente, os Espíritos Inspirados da Trindade – que pode ser despachado da sede central de um superuniverso diretamente para a sede central de outro. Todas as outras personalidades devem fazer tais excursões passando por Havona e pelos mundos executivos dos Espíritos Mestres.
Algumas espécies de informação há que não podem ser obtidas nem pelos Mensageiros por Gravidade, nem por refletividade, nem por transmissão. E, quando os Anciães dos Dias querem saber dessas coisas com segurança, eles devem despachar um Mensageiro Solitário à fonte de conhecimento. Muito antes da presença da vida em Urântia, o mensageiro agora ligado a mim esteve designado para uma missão fora de Uversa, no universo central. E esteve ausente das listas de chamada de Orvonton por quase um milhão de anos, mas retornou no devido tempo com a informação desejada.
Não há limitação ao serviço dos Mensageiros Solitários nos superuniversos; eles podem funcionar como executores dos altos tribunais ou como coletores de informações para o bem do reino. De todas as supercriações eles preferem servir em Orvonton, porque aqui a necessidade é maior e as oportunidades para o esforço heróico são muitas vezes multiplicadas. Nos reinos de maior necessidade, todos nós temos a satisfação de exercer mais plenamente qualquer função.
4. Mensageiros dos Universos Locais. Nos serviços de um universo local, não há limite para o funcionamento dos Mensageiros Solitários. Eles são os reveladores fiéis dos motivos e dos intentos do Espírito Materno do universo local, embora estejam sob a plena jurisdição do Filho Mestre reinante. E isso é verdade em relação a todos os mensageiros que operam em um universo local, quer estejam trabalhando diretamente vindos das sedes centrais dos superuniversos, quer estejam atuando temporariamente em ligação com os Pais da Constelação, os Soberanos dos Sistemas ou os Príncipes Planetários. Antes da concentração de todo o poder nas mãos de um Filho Criador, quando da sua elevação como governante soberano do seu universo, esses mensageiros dos universos locais funcionam sob a direção geral dos Anciães dos Dias e respondem imediatamente ao representante residente deles, o União dos Dias.
5. Exploradores em Missões Não Dirigidas. Quando o corpo de reserva dos Mensageiros Solitários está com excesso de pessoal, um dos Sete Diretores Supremos do Poder emite um chamado de voluntários para exploração; e nunca há falta de voluntários, pois eles sentem prazer em ser despachados, como exploradores livres e desimpedidos, a fim de experienciar a emoção de encontrar núcleos de organização dos mundos e universos novos.
Eles lançam-se à investigação dos indícios fornecidos pelos contempladores espaciais dos reinos. Indubitavelmente, as Deidades do Paraíso sabem da existência desses sistemas de energia do espaço, ainda não descobertos, mas Elas nunca divulgam tal informação. Se os Mensageiros Solitários não explorassem e cartografassem esses centros novos de energia ainda em organização, tais fenômenos permaneceriam por longo tempo sem serem notados, até mesmo pelos serviços de informação dos reinos adjacentes. Toda classe dos Mensageiros Solitários é altamente sensível à gravidade; e, desse modo, algumas vezes eles podem detectar a presença provável de pequeníssimos planetas escuros, aqueles mundos que são mesmo os mais adaptados aos experimentos de vida.
Esses mensageiros-exploradores de missões não dirigidas rondam o universo-mestre. Eles estão constantemente em expedições exploradoras, nas regiões não cartografadas de todo o espaço exterior. Grande parte das informações que possuímos sobre as transações nos reinos do espaço exterior deve-se às explorações dos Mensageiros Solitários, pois eles trabalham e estudam, freqüentemente, com os astrônomos celestes.
6. Embaixadores e Emissários de Missões Especiais. Os universos locais, situados dentro de um mesmo superuniverso, costumeiramente, trocam entre si embaixadores selecionados das suas ordens nativas de filiação. Mas, para evitar demoras, os Mensageiros Solitários são solicitados, freqüentemente, a ir como embaixadores de uma criação local até outra, a fim de representar e interpretar um reino para um outro. Por exemplo: quando um reino recém-habitado é descoberto, pode resultar que esteja em um ponto tão longínquo no espaço, que demore um tempo muito longo até que um embaixador transportado por um serafim possa alcançar esse universo excessivamente distante. Um ser levado por um serafim não pode exceder a velocidade de 899 370 quilômetros, dos de Urântia, por um segundo, também do vosso tempo. As estrelas maciças, as contracorrentes e os desvios, bem como as atrações tangenciais, todos tenderão a retardar essa velocidade, de um modo tal que, em uma viagem prolongada, a velocidade média ficará em torno de 885 000 quilômetros por segundo.
Quando acontece de se fazerem necessárias centenas de anos para que um embaixador nativo chegue a um universo local excessivamente distante, solicita-se sempre que um Mensageiro Solitário parta para lá, imediatamente, a fim de atuar como embaixador interino. Os Mensageiros Solitários podem ir muito rapidamente, não inteira e independentemente do tempo e do espaço, como o fazem os Mensageiros por Gravidade, mas quase do mesmo modo. Eles também servem, em outras circunstâncias, como emissários de missões especiais.
7. Reveladores da Verdade. Os Mensageiros Solitários consideram uma missão de revelar a verdade como sendo a mais elevada manifestação de confiança à sua ordem. E eles executam essa função, quase sempre, tanto para os superuniversos quanto para os planetas do espaço em particular. Eles fazem parte, freqüentemente, das comissões que são enviadas aos mundos e sistemas, para ampliar a revelação da verdade.
Os Mensageiros Solitários são o mais elevado tipo de personalidade, perfeita e confidencial, disponível em todos os reinos, para a transmissão rápida de mensagens urgentes e importantes, quando não é indicado, nem conveniente, utilizar, seja um serviço de transmissão, seja o mecanismo da refletividade. Eles servem em missões de uma variedade infinda, ajudando aos seres espirituais e materiais dos reinos, particularmente quando o elemento tempo está envolvido. De todas as ordens designadas para os serviços, nos domínios dos superuniversos, eles são os seres personalizados mais elevados e mais versáteis que mais podem vir a desafiar o tempo e o espaço.
O universo está bem suprido de espíritos que utilizam a gravidade para os propósitos de trânsito; eles podem ir a qualquer lugar em qualquer tempo – instantaneamente – mas eles não são pessoas. Alguns outros cruzadores de gravidade são seres pessoais, como os Mensageiros por Gravidade e os Registradores Transcendentais, mas eles não estão disponíveis para os administradores dos superuniversos e universos locais. Os mundos parecem estar cheios de anjos, de homens e de outros seres altamente pessoais, mas todos estes têm dificuldades no tempo e no espaço: a velocidade limite, para a maioria dos seres que não são transportados por serafins, é de 299 790 quilômetros do vosso mundo, por segundo, do vosso tempo; as criaturas intermediárias e algumas outras podem atingir, e freqüentemente atingem, o dobro dessa velocidade, ou seja, a de 599 580 quilômetros por segundo, enquanto os serafins e outros seres podem cruzar o espaço à velocidade de 899 370 quilômetros por segundo, ou seja, três vezes mais.
Contudo, não há personalidades de transporte, nem mensageiros, que funcionem entre as velocidades instantâneas dos cruzadores de gravidade e as velocidades relativamente vagarosas dos serafins, excetuando-se os Mensageiros Solitários.
Os Mensageiros Solitários são, pois, geralmente usados para o despacho e o serviço naquelas situações em que a personalidade é essencial ao cumprimento da missão e se deseja evitar a perda de tempo que seria ocasionada pelo envio de qualquer outro tipo, prontamente disponível, de mensageiro pessoal. Eles são os únicos seres definitivamente personalizados que podem sincronizar-se com as correntes universais combinadas do grande universo. A sua velocidade para atravessar o espaço é variável, dependendo de uma grande variedade de influências que podem interferir, mas os registros mostram que, na jornada para completar esta missão, o mensageiro interligado a mim perfez uma velocidade de 1 346 169 220 000 dos vossos quilômetros, por segundo, do vosso tempo.
Está totalmente além da minha capacidade explicar ao tipo de mente material como um espírito pode ser uma pessoa real e, ao mesmo tempo, atravessar o espaço em velocidades tão altas. Todavia, esses mesmos Mensageiros Solitários, de fato, vêm até Urântia e vão nestas velocidades incompreensíveis; realmente, toda a economia da administração universal estaria despojada, em muito, do seu elemento pessoal, caso isso não fosse um fato.
Os Mensageiros Solitários são capazes de funcionar como linhas de emergência de comunicação, em todas as regiões e reinos remotos do espaço não abrangidos dentro dos circuitos estabelecidos do grande universo. Acontece que um mensageiro, quando funcionando assim, pode transmitir uma mensagem ou enviar um impulso, pelo espaço, a um outro mensageiro, a uma distância de cerca de cem anos-luz, como os astrônomos de Urântia estimam as distâncias estelares.
Das miríades de seres que cooperam conosco, na condução dos assuntos dos superuniversos, nenhum é mais importante em assistência prática e na economia de tempo. Nos universos do espaço, devemos reconhecer as dificuldades do tempo; daí a magnitude do serviço dos Mensageiros Solitários, que, por meio das suas prerrogativas pessoais de comunicação, são quase independentes do espaço e, em virtude da sua imensa velocidade de trânsito, são quase independentes do tempo.
Não consigo explicar aos mortais de Urântia como os Mensageiros Solitários podem existir sem uma forma e, ainda assim, possuir personalidades reais e definidas. Embora eles existam sem aquela forma que seria associada naturalmente à personalidade, eles possuem uma presença espiritual que é discernível por todos os tipos mais elevados de seres espirituais. Os Mensageiros Solitários são a única classe de seres que parece estar de posse de quase todas as vantagens de um espírito sem forma, acompanhadas de todas as prerrogativas de uma personalidade plena. Eles são verdadeiras pessoas e, no entanto, são dotados de quase todos os atributos de manifestação dos espíritos impessoais.
Nos sete superuniversos, geralmente – mas não sempre –, tudo o que tende a aumentar a liberação de qualquer criatura das dificuldades do tempo e do espaço reduz proporcionalmente as prerrogativas da personalidade. Os Mensageiros Solitários são uma exceção a essa lei geral. Nas suas atividades, eles são praticamente irrestritos na utilização de todo e qualquer entre os caminhos ilimitados da expressão espiritual, do serviço divino, do ministério pessoal e da comunicação cósmica. Se vós pudésseis ver esses extraordinários seres, à luz da minha experiência na administração do universo, vós compreenderíeis quão difícil seria coordenar os assuntos dos superuniversos, não fosse a cooperação versátil deles.
Não importa quanto o universo possa expandir-se, provavelmente não se criarão mais Mensageiros Solitários. À medida que os universos crescem, um trabalho cada vez mais extenso de administração deve ser crescentemente assumido por outros tipos de ministros espirituais e por aqueles seres que tiveram origem nessas novas criações, tais como as criaturas geradas pelos Filhos Soberanos e os Espíritos Maternos dos universos locais.
Os Mensageiros Solitários parecem ser coordenadores das personalidades para todos os tipos de seres espirituais. A ministração deles ajuda a fazer com que todas as personalidades do vasto mundo espiritual sejam afins. Eles contribuem muito para o desenvolvimento, em todos os seres espirituais, de uma consciência de identidade de grupo. Todo tipo de ser espiritual é servido por grupos especiais de Mensageiros Solitários que fomentam a capacidade desses seres de compreender todos os outros tipos e ordens, não importa quão dessemelhantes sejam, e de confraternizar com os mesmos.
Os Mensageiros Solitários demonstram uma capacidade espantosa de coordenação de todos os tipos e ordens de personalidades finitas – e mesmo de fazer contato com o regime absonito dos supercontroladores do Universo-Mestre –, tanto que alguns de nós postulam que a criação desses mensageiros, pelo Espírito Infinito, esteja, de alguma maneira, relacionada à dotação que o Agente Conjunto faz à mente Suprema-Última.
Quando um finalitor e um Cidadão do Paraíso cooperam na trinitarização de um “filho do tempo e da eternidade” – uma transação envolvendo os potenciais não revelados da mente do Supremo-Último – e quando essa personalidade não classificada é despachada para Vicegerington, então um Mensageiro Solitário (uma suposta repercussão da outorga, à personalidade, da mente dessa deidade) é sempre designado como companheiro-guardião desse filho trinitarizado por criaturas. Esse mensageiro acompanha o novo filho do destino ao mundo do seu desígnio e nunca mais deixa Vicegerington. Quando ligado, assim, aos destinos de um filho do tempo e da eternidade, um Mensageiro Solitário é transferido para sempre para a supervisão única dos Arquitetos do Universo-Mestre. Qual possa ser o futuro de uma associação tão extraordinária, não sabemos. Durante idades, essas associações de personalidades tão singulares vêm, continuamente, reunindo-se em Vicegerington, mas nem mesmo um par sequer foi alguma vez adiante dali.
Os Mensageiros Solitários existem em números estacionários, mas a trinitarização dos filhos do destino é uma técnica ilimitada, aparentemente. Já que todo filho trinitarizado do destino tem, designado para si, um Mensageiro Solitário, quer-nos parecer que, em algum momento no futuro remoto, a reserva de mensageiros possa chegar a esgotar-se. Quem assumirá o seu trabalho no grande universo? Será o seu serviço assumido por algum novo desenvolvimento entre os Espíritos Inspirados da Trindade? Será que o grande universo, em algum período remoto, irá ser administrado, mais de perto, pelos seres originários da Trindade, enquanto as criaturas de origem única, ou dual, se locomovem para os reinos do espaço exterior? Se os mensageiros retornarem ao seu serviço inicial, será que esses filhos do destino irão acompanhá-los? Será que as trinitarizações feitas pelos finalitores e pelos Havonianos do Paraíso cessarão, quando a reserva de Mensageiros Solitários estiver absorvida, inteiramente, na função de companheiros-guardiães desses filhos do destino? Será que todos os nossos eficientes Mensageiros Solitários concentrar-se-ão em Vicegerington? Será que essas extraordinárias personalidades espirituais permanecerão eternamente ligadas a esses filhos trinitarizados de destino não revelado? Que significação deve ser atribuída ao fato de que esses pares, que se reúnem em Vicegerington, estejam sob a exclusiva direção desses poderosos seres misteriosos, os Arquitetos do Universo-Mestre?
Fazemos essas e muitas perguntas similares a nós mesmos e a muitas outras ordens de seres celestes, mas não sabemos as respostas.
Essa transação indica, inequivocamente, junto com muitas ocorrências similares na administração do universo, que o pessoal do grande universo, e mesmo o de Havona e do Paraíso, está passando por uma reorganização certa e definida, em coordenação com as grandes evoluções na energia, que agora estão acontecendo em todos os reinos do espaço exterior, e em referência a elas.
Temos a tendência a acreditar que o futuro eterno testemunhará fenômenos de evolução do universo os quais irão transcender, em muito, a tudo o que o eterno passado experienciou. E antecipamos essas aventuras grandiosas, como vós próprios deveis antecipar, com uma ansiedade agradável e uma expectativa cada vez mais elevada.
[Apresentado por um Conselheiro Divino de Uversa.]